Esta é uma questão que nos colocam muito por email e durante as reuniões, tanto por futuros como por actuais clientes. É perfeitamente compreensível – estamos a viver uma pandemia global, sem precedentes, ninguém sabe quando vai terminar e todos estamos a fazer os possíveis e a planear o melhor que conseguimos.

Como fornecedores de casamentos e como donos de um negócio, fomos atingidos de forma muito violenta. Os nossos casais não podem casar ou têm receio de viajar e exporem-se a si próprios ou àqueles que gostam a um vírus extremamente perigoso. Novamente, é perfeitamente compreensível. Nós próprios temos muito receio em trabalhar.

E, negócio à parte, somos pessoas normais com família, objectivos, expectativas, desejos, medos e responsabilidades. Tal como os nossos clientes.

Tentamos ao máximo acomodar os desejos dos nossos casais quando nos abordaram sobre a remarcação dos seus casamentos – com poucas excepções quase todos os casamentos que tínhamos em 2020 foram adiados. Alguns foram cancelados e outros foram adiados sem data futura.

Não cobramos valores extra pelas remarcações. Desde que tivéssemos a data disponível avançamos com a remarcação. Pedimos só aos nossos casais que honrassem uma percentagem do pagamento para assinalar a data original do casamento, de forma a mantermos algum cash-flow.

Isto afectou-nos de uma forma muito significativa. Fomos preenchendo fins-de-semana de 2021 com casamentos que deviam ter acontecido em 2020, impedindo-nos de marcar novos clientes. Tomamos esta decisão em plena consciência porque sabemos que se trata de uma situação especial e queríamos ajudar os nossos clientes. Como compreenderão, foi uma decisão muito difícil do ponto de vista financeiro.